POEMA OFEGANTE
Respiro a miragem que envolve
teu corpo debutante
Sorte e privilégios em desejos
De amante
teu sorriso invade meus ouvidos
rasgando o silêncio
Tirando-me os sentidos
Ver-te apenas com os olhos
Me esfacela a alma inteira
Minhas mãos anseiam
O toque, o resvalar em tua teia
Falo, grito, desato em desabalo
me curvo em reverência
a ouvir seu ensaio
[de musa enlouquecida
Desvarios enredados
Penetrando-me os ouvidos
Tateio no escuro a amplidão
Buscando os anseios de sua boca
Respirando nos beijos
Desta alma rota
Que em meus devaneios
Se finge louca
Mergulhando nos braços
Remidos da noite
Lançados no laço
De nosso açoite
Crendice e desvelo
Prazer e bom gozo
Nos dentes cravados
Em nossos corpos.
Ângelus Condor
Ficou ofegante mesmo. Excelente ritmo e elegância do léxico. A proposta foi bem atendida, no entanto, o poema merecia uma finalização mais impactante, ou seja, parece que passou rapidamente sem deixar rastros.
ResponderExcluirnota 4,0
wasil sacharuk
Ângelus Condor, o título Poema Ofegante é, digamos, provocativo.Gostei...
ResponderExcluirA leitura é saborosa e o encadeamento dos versos conduz a um desfecho inspirado, embora previsível. É um poema elegantemente erótico e isso é difícil de conseguir.
Há pequenos equívocos gramaticais (teu e sua, me esfacela...), mas o poema é bastante interessante.
Minha nota é 3,75
Marisa Schmidt
Ângelus Condor!
ResponderExcluirRespirando nos beijos. Dessa alma rota
Que em meus devaneios. Se finge de louca
" Tirando-me os sentidos"
Delícia ler teu poema.
Gostei demais!
Parabéns