quero o coração de um poeta para costurar palavras poéticas, ousar sensibilidades sem métricas e vasculhar os vãos sem setas
tato, audição, olhares
pelas linhas escorrer tintas de sangue aos altares particulares, abraçar a religião sacrossanta dos beija-flores, embebedar-se de gozos
néctar, ópio, raízes
morrer de overdose de amor, afugentar da alma o torpor
...
quero o coração de um poeta para costurar a dor.
Bia Cunha
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