MEIA DÚZIA DE HISTÓRIAS
O frágil, às vezes é muito forte.
Parahyba Mulher Macho,
pantera dos olhos dormentes
que viam a vida de forma diferente;
era mais que poesia, teve a vida misturada
com a história de sua gente...
Entre luzes e palcos, materializa-se o invento.
Em Manhãs do Sol estreou Bibi bebê...
De lá até cá, décadas de talento,
faz parte da história de seu tempo.
Poeta nasce quando brota a poesia.
Antes tarde do que jamais...
assim nasceu a poeta Cora,
colorindo nossa história.
Há mais brilho na diversidade.
Um batom, duas celebridades:
Carmem dos balangandãs
e Luz del Fuego das cobras...
duas imagens sobreviventes na história.
Os costumes podem ser quebrados.
A tal serpente danada,
condenada a ser a culpada...
é por vezes contada
como a primeira mulher de Adão
da mitológica história da criação.
Moral é com nau, depende do tempo.
Existe muito mais que isso...
pois cada qual tem sua memória
e cada mulher tem sua história.
Autor 13- Nena Silva
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Cara Nena Silva
ResponderExcluirExploraste com muita propriedade a mitologia em torno da força de Anayde Beiriz, comparada, dos anos 30 aos setenta, à força masculina.
Trouxeste, também, Bibi Ferreira, um signo feminino nacional, contudo, geralmente esquecida. Muito bom.
Foi um ótimo passeio por nuanças de mulheres reais e inventadas, contudo, todos os exemplos são pertinentes.
O título "Meia Dúzia de Histórias" tem um apelo interessante. Contudo, traz em si uma promessa hercúlea de enumerar tantos eventos. O fazes, entretanto, a proposta acabou por fragmentar demais o texto (as histórias ficaram tanto isoladas), enquanto o vocábulo "história" se repetiu seis vezes no decorrer da leitura.
O tom narrativo ficou mais informativo do que lírico e isso fez o poema perder força.
Faltou, também, um desfecho mais impactante.
É certo que os textos seguintes trazem promessas melhores.
Abraço bem grande
Wasil
nota 3